Já ouviu falar de esporotricose em gatos? Esta é uma doença que afeta também os cães, causada por um fungo que usa qualquer ferimento na pele como porta de entrada para contaminar o pet. Além disso, a esporotricose é considerada uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida dos animais para nós, humanos. Por isso é tão importante entender do que se trata, os sintomas e como prevenir. Vamos falar sobre isso?
O que é esporotricose em gatos?
Para o tutor, é importante entender bem o que é esporotricose em gatos e assim poder cuidar dos seus bichanos. Trata-se de uma doença de pele que causa micose subcutânea no pet, também conhecida como “doença da roseira” e que tem sua causa num fungo chamado Sporotrix Schenkii , que é o grande problema. Isso porque este é um fungo muito comum por toda a natureza. Logo, gatinhos que têm acesso à rua podem facilmente encontrar esse fungo e ser contaminado, em especial se tiver qualquer machucado, por exemplo.
É possível encontrar o fungo na terra, nos jardins das residências e nas praças. Além disso, ele costuma se instalar em locais mais quentes, úmidos, características do clima tropical brasileiro. Além da natureza, o fungo pode aparecer em casa, em locais com essas condições, como por exemplo, a caixa de areia dos nossos gatinhos! Por isso é tão importante manter as caixas sempre higienizadas. Assim você ajuda seu gato a se manter saudável e não transmitir a zoonose para você.
Como os gatos transmitem a zoonose?
Outro ponto importante é a higienização dos gatos, quando saem e voltam para casa. Isso porque pode ser que ele transmita a Esporotricose, mesmo sem se infectar pelo fungo. Por exemplo, digamos que ele teve contato com o fungo na rua e esse fungo se instalou no pelo ou pele do gatinho, mas ainda não encontrou uma porta de entrada no corpo do animal e está ali, esperando uma oportunidade.
Até que ele chega em casa e vai brincar com você quando um arranham acontece no seu braço. Pronto! Este é o momento que o fungo encontra um corpo aberto para penetrar e você está contaminado e seu gato não.
Neste caso, dizemos que o gatinho foi o vetor do fungo para chegar até você. Por isso, sempre que seu gato ou cachorro te machucar, cuide da ferida e desinfete rapidamente para evitar contaminações como essas. Porém, é importante deixar claro que é muito mais comum Esporotricose em gatos do que em cães e os gatos apresentam maior taxa de transição aos humanos também.
Esporotricose: Sintomas
Embora seja uma doença de pele, a esporotricose em gatos e cachorros não costuma apresentar coceiras. Mas tem 4 sintomas característicos:
- Nódulos firmes na pele.
- Áreas com alopecia, que são regiões do corpo com falhas no pelo.
- Úlceras no tronco, na cabeça e nas orelhas do animal.
- Perda de apetite e de peso.
A doença se apresenta em 3 estágios principais possíveis de identificar:
- Cutânea: quando os nódulos aparecem na pele do animal, sendo possível identificar cada um individualmente, pois parecem feridas profundas, deixando a região avermelhada e com secreções semelhantes a pus.
- Cutânea-Linfática: nesse momento a doença já progrediu e a infecção já chegou no sistema linfático do animal. A gravidade deste caso dá-se por atingir o sistema de órgãos que produz e amadurece as células de defesa do corpo, enfraquecendo o animal. Então, nesse momento, o pet já desenvolveu úlceras com secreções mais relevantes na pele.
- Disseminada: aqui a doença já está bem avançada e a infeção já atinge todo o corpo. Por isso, aqui o animal começa a ter outros sintomas como febre, apatia, perda de apetite e emagrecimento contínuo.
Portanto, a depender do estágio em que a esporotricose em gatos alcança, os sintomas podem abranger referência aos órgão afetados também. Por exemplo, problemas respiratórios, gastrointestinais e até motores.
Como diagnosticar esporotricose
Para diagnóstico preciso é fundamental uma consulta com seu veterinário de confiança e o pedido de exames laboratoriais. Isso porque os sinais clínicos da esporotricose em gatos podem ser confundir com outras patologias como leishmaniose e a herpes.
Os exames mais comuns solicitados pelo veterinário são:
- Citologia por esfregaço direito
- Exames histopatológico
- Raspado cutâneo ou perfil dermatológico
- Cultura fúngica
- Biópsia
É comum também que o veterinário peça para repetir certos exames a fim de descartar outras doenças e indicar um tratamento assertivo.
Tratamento de esporotricose em gatos
O tratamento para esporotricose em gatos e cachorros mais comum é a base de iodeto de sódio e potássio. Porém, para os gatinhos é necessário um cuidado redobrado para evitar o Iodismo, quando o gato apresenta uma série de problemas como febre, diarreia, vômito e anorexia.
Há outras medicações que colaboram para fechar as feridas, mas todas apresentam algum efeito colateral. Por isso é fundamental consultar seu veterinário, solicitar os exames laboratoriais para diagnóstico preciso e seguir as orientações veterinárias para o tratamento Nunca automedique seu pet, combinado?
>> Saiba mais sobre cuidados com gatos idosos nesse post!
Conte aqui nos comentários se você já conhecia a doença e como você previne fungos e bactérias em casa e no seu pet!